Nutrição

Açúcar, sal e gordura: os riscos do excesso

Os dados nacionais não enganam: há claramente um excesso no consumo de açúcar, sal e gordura na população portuguesa. Vamos analisar cada um deles para perceber porque os devemos limitar e vamos explorar o trabalho que o Continente tem vindo a fazer nesta área.

Atualizado a 21/03/2022

Açúcar, sal e gordura completam um triuvirato de ingredientes muito utilizados que podem, se consumidos em excesso, ter impactos negativos para a sáude. Descubra quais os riscos associados a cada um e os cuidados a ter na sua ingestão.

Açúcar

Qual o risco do consumo excessivo de açúcar?

Existem dois tipos de hidratos de carbono: simples, como a glicose e a sacarose (ou açúcar de mesa), e complexos, como os amidos. Os hidratos de carbono são uma importante fonte de energia e devem fazer parte de uma alimentação saudável. Contudo, o consumo exagerado de açúcares simples está associado ao aumento do risco de obesidade, doença cardiovascular, diabetes mellitus tipo 2, entre outras patologias.

Qual a quantidade recomendada de açúcar?

Por estes motivos, devemos dar especial atenção à sua origem (se foram adicionados ou se são naturalmente presentes no alimento) e à quantidade consumida:
  • Adultos: é recomendado um máximo de cerca de 50 g de açúcar diários
  • Crianças: o máximo é de cerca de 25 g de açúcar diários

De onde vem o açúcar?

Naturalmente presentes em cereais, leguminosas, frutas, hortícolas, leite e laticínios, estes açúcares estão associados a outros nutrientes também presentes nesses alimentos como, por exemplo, fibras (exceto no leite), substâncias antioxidantes, vitaminas e minerais, o que atribui maior valor nutricional à ingestão deste açúcar.

No entanto, em muitos casos, os açúcares são adicionados a alimentos processados com o intuito de atribuir o sabor doce. Nos rótulos, além da palavra açúcar, os hidratos de carbono podem  estar descritos de diferentes formas. Os exemplos mais comuns são: sacarose, glucose ou glicose, dextrose e frutose.

Mas também podem surgir como: maltose, lactose, açúcar invertido, melaço, mel, açúcar mascavado, açúcar de
cana, xaropes de milho, arroz, agave…

Qual o contributo dos produtos Continente?

Procuramos contribuir para um menor consumo de açúcar através da reformulação dos nossos produtos. Por um lado, reduzindo gradualmente o teor de açúcar em categorias-chave, como iogurtes, cereais de pequeno-almoço, refrigerantes e néctares e, por outro, evitando a utilização de edulcorantes, cuja relação com uma boa saúde possa ser colocada em causa. Nos últimos dois anos reduzimos 650 toneladas de açúcar nos produtos continente.

Sal
Qual o risco do consumo excessivo de sal?

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo, e Portugal não é exceção. O consumo excessivo de sal é um dos seus principais fatores de risco, contribuindo, de igual forma, para o desenvolvimento de  hipertensão arterial. Torna-se urgente alterar este comportamento. 

Qual a quantidade recomendada de sal?

Cada português consome em média 7,3 g de sal todos os dias. No entanto, a OMS recomenda um máximo de 5 g de sal por dia (o equivalente a uma colher de chá).

Qual o contributo dos produtos Continente?

Temos vindo a reduzir os teores de sal em produtos como sopas, pão, polpas de tomate, refeições prontas, batatas fritas e snacks. Estamos a fazer uma reformulação gradual e silenciosa, que permite manter a qualidade sensorial dos produtos e contribui para a redução do consumo de sal pelos portugueses. Em dois anos já reduzimos mais de 86 toneladas de sal nos produtos Continente.

Gordura

Qual o risco do consumo excessivo de açúcar?

As gorduras são fundamentais para o bom funcionamento do organismo, no entanto, quando consumidas em excesso, são responsáveis por contribuir para o aparecimento de excesso de peso e obesidade e de outras doenças, como as
cardiovasculares, hipertensão arterial, colesterol sanguíneo elevado e alguns tipos de cancro.

Que tipos de gordura existem?

Porque as gorduras não são todas iguais, numa alimentação saudável recomenda-se que se tenha especial atenção ao tipo de gordura a consumir.

As gorduras insaturadas são consideradas gorduras "boas" e dividem-se em 2 tipos principais: 
  • Gordura Monoinsaturada. É a que o nosso organismo melhor utiliza e o seu consumo. O azeite é, sem dúvida, o maior fornecedor desta gordura na nossa alimentação, devendo por isso ser a gordura de eleição, tanto para cozinhar como para temperar.
  • Gordura polinsaturada. É considerada essencial, porque o organismo não consegue produzir. Este tipo de ácidos gordos têm de ser fornecidos pela alimentação. Neste grupo estão as gorduras da família Ómega 6, encontrada em óleos vegetais, como o de amendoim, soja, girassol e milho, nos frutos oleaginosos, nos cereais integrais e sementes e Ómega 3, encontrada nos peixes gordos, como salmão, sardinha e cavala. Estes dois ácidos gordos têm funções importantes no desenvolvimento cerebral e na proteção do sistema cardiovascular.
Ao contrário das gorduras insaturadas, o consumo excessivo de gordura saturada, encontrada sobretudo em alimentos de origem animal, está associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, aumento do colesterol no sangue, particularmente do colesterol LDL, entupimento dos vasos sanguíneos, etc. Assim, recomenda-se que a ingestão destas gorduras seja limitada.

Qual o contributo dos produtos Continente?

Tendo em conta a melhoria do equilíbrio nutricional dos produtos marca Continente, além da redução do teor de gordura total, a aposta tem sido na redução considerável dos teores de gordura saturada numa série de diferentes produtos como batatas fritas, snacks, iogurtes gregos e bolachas. Muitas destas reduções fizeram-se através da alteração do tipo de gordura presente, como o óleo de girassol, com alto teor oleico, no caso das batatas fritas e bolachas. Em dois anos já reduzimos mais de 385 toneladas de gordura saturada nos produtos continente.