Polvo: a máxima qualidade no prato

O polvo faz as delícias dos paladares mais requintados, e é a escolha tanto para os pratos mais tradicionais como para os mais sofisticados. Com baixo teor em gordura e alto teor de proteína, o polvo é um alimento nutricionalmente rico, perfeito para incluir numa dieta equilibrada.

Conheça todas as vantagens do consumo de polvo para a saúde e inspire-se com algumas receitas que vale a pena experimentar.

Sabia que o nosso polvo é tenro, fresco e capturado em águas portuguesas?

Polvo: benefícios principais

O polvo é um cefalópode que pertence à classe dos moluscos, tal como o choco e a lula. O seu consumo promove a produção de energia no organismo, o funcionamento normal do sistema nervoso e a manutenção dos ossos e dentes. Estes benefícios devem-se à presença de vitamina B12, ómega-3 e minerais, como potássio e fósforo.

Promotor de energia

A vitamina B12 contribui para a regulação dos níveis de energia no organismo, para a redução do cansaço e fadiga, e para a manutenção do funcionamento normal do sistema nervoso e da função psicológica.

Manutenção da massa óssea e muscular

O fósforo presente no polvo tem um papel importante na manutenção da saúde dos ossos e dos dentes. Também é uma boa fonte de proteína de alto valor biológico, que por sua vez contribui para a manutenção e aumento da massa muscular.

Controlo do peso

O polvo tem baixo teor de gordura e fornece proteínas de elevado valor biológico, o que faz com que este molusco seja uma excelente fonte proteica para quem procura uma boa gestão do peso corporal.

Apesar de se dizer que quem tem colesterol alto não deve comer polvo, para a maioria da população, o colesterol presente nos alimentos não tem impacto no aumento do colesterol sanguíneo. No entanto, as gorduras saturadas e hidrogenadas presentes em alguns alimentos têm impacto no colesterol do sangue, razão pela qual devem ser restringidas.

Gordura boa

O polvo também é rico em ómega-3, gordura com uma excelente função anti-inflamatória, que regula os níveis de colesterol e é importante para a função cognitiva. Também previne doenças cardiovasculares.

Polvo: calorias e informação nutricional

Os valores nutricionais por 100 g de polvo cru são:

• 73 kcal;
• 15,6 g de proteína;
• 1,2 g de lípidos;
• 0 g de hidratos de carbono;
• 0 g de fibra;
• 83,1 g de água;
• 0,7 g de sal;
• 64 mg de colesterol;
• 1,3 μg de vitamina b12;
• 240 mg de potássio;
• 170 mg de fósforo;
• 43 mg de magnésio.

Algumas receitas saborosas e nutritivas com polvo 

Muito presente na gastronomia portuguesa, o polvo é também um alimento versátil e que pode ser preparado de várias formas.

Comecemos pelos clássicos imperdíveis: polvo à lagareiro, arroz de polvo, polvo cozido e polvo confitado. A estas receitas tradicionais juntam-se formas mais elaboradas de preparar este alimento, que pode ser servido em açordas, cataplanas, massadas, risotos e tapas, como este polvo à galega.

O polvo pode ser frito, panado, salteado, grelhado e suado, servido em espetadas, pataniscas, empadas, filetes, ceviche, saladas, bruschettas e carpaccios. A lista de como cozinhar polvo poderia continuar, porque a criatividade a nível culinário não tem limites.

Como cozer polvo

O polvo cozido é talvez a forma mais comum de se confecionar este molusco em Portugal. E existem várias formas de cozer o polvo para que fique perfeito.

Antes de mais, sugerimos que congele o polvo antes de o cozinhar, pois este processo ajudará a quebrar as fibras da carne do polvo, tornando-o mais tenro.

O tempo de cozedura varia consoante o tamanho do polvo, mas pode levar entre 30 a 40 minutos, ou menos, se for cozinhado numa panela de pressão. Além disso, para que a carne fique bem tenra e macia, mergulhe o polvo aos poucos no tacho quando a água já estiver a ferver.

Pique com um garfo para verificar se está bem cozido. Se a carne não se agarrar ao garfo é porque está no ponto.

Mas se cozinhá-lo nem sempre é fácil, limpá-lo pode revelar-se uma tarefa minuciosa:

• Convém separar bem os braços para que não se colem uns aos outros;
• Depois há que retirar-lhe todas as vísceras - virando a parte da cabeça do avesso - bem como os olhos e a boca;
• Por fim passe-o muito bem por água;
• Para lhe extrair a pele, é mais fácil se for previamente escaldado por dois ou três minutos em água a ferver.

Como escolher e conservar

Relativamente à escolha do melhor polvo, este deve apresentar um aspeto brilhante e um odor agradável a maresia. Caso não o consuma no imediato, deverá limpá-lo, retirando-lhe o saco de tinta e as entranhas. Ferva-o e de seguida passe-o em água fria. Embale e coloque-o no congelador.

Curiosidades sobre o polvo

Talvez a ideia de ter polvos “videntes”, como já vimos acontecer em alguns campeonatos do mundo de futebol, não seja totalmente despropositada. Isto porque, segundo alguns especialistas, o polvo poderá ter sido um dos primeiros seres inteligentes a habitar o planeta.

Numa viagem simbólica ao fundo do mar, recolhemos algumas curiosidades sobre o invertebrado mais evoluído da sua classe, cujo consumo pelos humanos poderá remontar à Idade do Bronze.

• O polvo tem neurónios espalhados por todo o corpo. Cada ventosa num dos seus longos braços pode ter até 10 mil neurónios. Além disso, estas células cerebrais são o olfato e o tato deste molusco;
• O polvo tem três corações e um sangue azul-esverdeado, devido ao cobre, que leva o oxigénio ao sangue do animal;
• Este animal é também muito brincalhão, tem boa memória e gosta de fazer travessuras;
• O polvo reproduz-se através dos tentáculos;
• Por não ter esqueleto, é capaz de esconder-se nos locais mais recônditos;
• Pode adotar uma postura ameaçadora, ficando com uma cor mais escura e abrindo os tentáculos para aumentar o tamanho.

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